Do Pantera Negra, tenho duas recordações importantes: por um
lado temia-o quando defrontava o meu clube; mas, esse temor era superado pela
admiração que se nutre pelos verdadeiros génios. Essa genialidade, associada à
humildade que o acompanhou durante toda a vida explica a universalidade de
Eusébio, uma figura respeitada – mais do que isso, querida – por benfiquistas e
adversários. Falar dele como benfiquista seria reduzi-lo a uma dimensão que
Eusébio ultrapassou largamente.
É nesse quadro de “universalidade” que sinto a perda de
Eusébio. Reconforta-me a certeza de que Luís de Camões, Fernando Pessoa, Joaquim
Agostinho, José Afonso e Amália Rodrigues ficaram um bocadinho mais “apertados”
no estreito patamar reservado aos portugueses imortais.
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