Seria fácil jogar com as palavras e dizer que o Natal foi
tempo de Quaresma. Mas não foi. Alguém deixou trabalho por fazer e o Mustang só
estará disponível para integrar os convocados do F.C. Porto para o próximo
jogo, contra o Benfica.
Quaresma foi a primeira aposta – única, até agora – dos
Dragões para reforçar a equipa. O seu regresso foi anunciado há muito e o
jogador não tardou em dar a cara e apareceu para ver jogos do clube.
Oficialmente, fez o primeiro treino no dia 1 de janeiro, mas a sua contratação
foi acertada ainda em novembro.
Há oito meses e meio que Quaresma não joga, devido a lesões
várias e à inadaptação a um Futebol menos competitivo, como aquele que se joga
no Al Ahli, do Dubai. Apesar disso, o treinador do F.C. Porto decidiu chamá-lo para o jogo com o Atlético para a Taça de Portugal. Quaresma foi
convocado e desconvocado horas depois, por falta do certificado internacional
para formalizar a inscrição.
O F.C. Porto venceu o Atlético por 6-0 e qualificou-se para
os quartos de final da Taça de Portugal. Não precisou de Quaresma para ganhar
folgadamente. Quaresma é que poderia precisar de alguns minutos para ganhar ritmo
competitivo e preparar-se (num jogo a doer, embora que pouco), para ajudar a
equipa nos jogos importantes, como o deste domingo, com o Benfica. No entanto,
alguém deve ter-se distraído e a distração custou a inscrição atempada do
jogador. Uma distracção a que os adeptos do F.C. Porto não estão habituados.
Pelo contrário, a estrutura administrativa do Clube é tida como um modelo,
altamente profissionalizada e, habitualmente, atenta aos mais ínfimos
pormenores.
Às falhas no campo, da exclusiva responsabilidade da equipa
técnica e dos jogadores, soma-se agora esta falha de “gestão administrativa”.
Se calhar, o F.C. Porto já não é o que era.
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