Vem a propósito do post anterior e da “ditadura” imposta pelos clubes “grandes”.
No Record de hoje, o jogo amigável de apresentação do Sporting B tem direito a
uma página. Mais espaço do que a reportagem do Astreras – Marítimo, jogo
oficial, a contar para uma competição europeia onde os madeirenses representam
Portugal.
O Sporting B – Académica não contava para nada. E punha
frente a frente uma equipa promovida administrativamente à Liga de Honra àquela
que, sendo da I Liga é, simultaneamente, vencedora da Taça de Portugal.
E que faz o Record? Dedica toda a página ao Sporting B. Diz
que o Sporting B perdeu (mas não diz que a Académica ganhou), que se deixou
embalar (mas não diz que a Académica embalou), dá voz a Oceano e a Pedro
Mendes, respetivamente treinador e capitão sportinguista (mas não faz o mesmo com o treinador e com o capitão da Académica), diz que Godinho Lopes
esteve na tribuna (e deixa o leitor na ignorância quanto à presença do seu homólogo da Académica) e põe o avançado acedemista Edinho a falar do… Sporting B.
O Record faz ainda análise individual ao desempenho de cada
um dos 21 jogadores utilizados pelo Sporting B – e só a estes, como se eles
tivessem jogado sozinhos.
E escreve que “o facto é que quem estivesse a observar o
encontro não seria capaz de concluir que aquela Académica era de 1ª e aquele
Sporting da Segunda Liga”.
Quem ler o Record também não.
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